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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Greve da PM afeta a rotina de moradores do interior da Bahia


Ônibus param de circular 2h mais cedo em Feira de Santana.
Barreiras, Vitória da Conquista e Itabuna tiveram suas rotinas modificadas.


Do G1 BA
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A greve da Polícia Militar na Bahia mudou a rotina de moradores de cidades do interior da Bahia. No sétimo dia da paralisação, os ônibus param de circular às 22h em Feira de Santana, duas horas antes do horário normal.

O policiamento na cidade, que fica a 107 km de Salvador, é reforçado por 530 homens, a maioria formada por soldados do exército. Apesar do clima de insegurança, o comércio e as repartições públicas funcionaram normalmente em Feira de Santana, mas faculdades e escolas particulares não abriram nesta terça-feira (7). A Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, funcionou normalmente, mas poucos alunos assistiram às aulas. Em frente ao Batalhão da Polícia Militar de Feira de Santana, cerca de 100 pessoas permanecem acampadas há uma semana.
Já na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, o clima é de medo e incerteza. Após assaltos e arrastões no município, muitos comerciantes decidiram fechar as portas. Apesar do não funcionamento dos estabelecimentos, foram colocados seguranças particulares na frente de algumas lojas para evitar os arrombamentos. Todo o efetivo do 4º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), foi colocado à disposição para fazer a segurança na cidade 24 h por dia. As aulas nas faculdades públicas e particulares foram suspensas até o fim da greve da Polícia Militar.
No município de Vitória da Conquista, nesta terça-feira (7) o comércio funcionou parcialmente pela manhã, mas fechou as portas durante a tarde. Na segunda-feira (6) houve um arrastão no comércio da cidade e por conta disso os estabelecimentos fecharam as portas mais cedo. Além da mudança da rotina no comércio do município, a frota de ônibus foi reduzida por falta de segurança. Dos 140 ônibus que circulam na cidade, apenas 50 atendem à população. A prefeitura municipal de Vitória da Conquista solicitou reforços da Força de Segurança Nacional e da Polícia Rodoviária Federal de outros estados para auxiliar no patrulhamento da cidade. Os policiais chegaram no final da tarde desta terça-feira (7) no município.
Já em Itabuna, as lojas abriram normalmente. Os policiais em greve estão aquartelados e homens da Força Nacional fazem rondas pelas ruas da cidade. Em Ilhéus, a Força Nacional também está nas ruas e o comércio teve o funcionamento normal, mas, apesar da chegada dos transatlânticos na cidade, o movimento tem sido pequeno. Poucos turistas descem na cidade. Taxistas e motoristas de vans, que também se sentem prejudicados, saíram em carreata na manhã desta terça-feira (7) para pedir agilidade nas negociações.
Habeas Corpus
Cinco dos 12 policiais militares da Bahia que tiveram mandado de prisão expedido pela Justiça tiveram o pedido de habeas corpus negado nesta terça-feira (7), segundo informações do advogado Jonas Benícios, que os representa.
Segundo Benícios, a Justiça utilizou como argumento para negar o habeas corpus a ausência de provas para a liberação dos policiais, que são suspeitos de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público. Os PMs também devem passar por um processo administrativo na própria corporação.
Ainda de acordo com Benícios, os advogados dos policiais ficaram sabendo dos mandados de prisão através da imprensa. "Eu não tive como preparar a defesa porque não tive acesso aos autos do processo que pede a prisão, mas agora, com base nos fatos atuais, vou levantar dados e provas para entrar com novo pedido", diz o advogado.
Entre os cinco policiais representados por Benícios, está Marco Prisco, líder do movimento grevista.
Prisões
O sargento Elias Alves Santana da Polícia Militar foi preso na tarde desta terça-feira, em Salvador. Este é o segundo mandado cumprido dos 12 que foram expedidos por determinação judicial.
O soldado Alvin dos Santos Silva, lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA), está preso desde a madrugada de domingo (5) na Polícia do Exército. A prisão preventiva foi decretada pela juíza Janete Fadul.

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