Imprensa havia noticiado detenção de um dos dez terroristas mais procurados
Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de cinco milhões de dólares pela captura de Saif Al Adel (FBI/Getty Images)
O homem detido nesta quarta-feira no aeroporto de Cairo pode não ser o dirigente da Al Qaeda Saif Al Adel, como se anunciou inicialmente, informaram fontes dos serviços de segurança egípcios. Um homem identificado como Mohammed Ibrahim Makkawi, o nome verdadeiro de Al Adel, disse a repórteres da imprensa local que, apesar de já ter pertencido à Al Qaeda, ele não era Saif.
"Ele é procurado por seus vínculos com a Jihad Islâmica. Não se trata de Saif al Adel", afirmou uma fonte da segurança nacional egípcia, desmentindo fontes dos serviços de segurança e meios de comunicação estatais.
Oficiais de segurança haviam dito à agência estatal Mena que Saif Al Adel havia sido detido no aeroporto de Cairo após desembarcar de um vôo procedente do Paquistão via Dubai. Segundo essas fontes, os serviços secretos do Egito haviam recebido informações de que ele planejava voltar ao Egito e se entregar às autoridades.
Segundo o correspondente da BBC no Cairo, se o homem detido realmente não for Al Adel, será um grande constrangimento para as autoridades egípcias, depois que a imprensa local celebrou o “grande sucesso dos serviços de segurança”.
Perfil - Saif Al Adel é um dos dez terroristas mais procurados do mundo e durante muito tempo foi considerado o número três da Al Qaeda. Em maio passado, os canais Al Jazeera e CNN anunciaram que, poucos dias depois da morte de Osama bin Laden, Al Adel foi designado chefe interino da Al Qaeda. Porém, algumas semanas depois, a Al Qaeda anunciou que o egípcio Ayman Al Zawahiri foi designado chefe da organização em substituição a bin Laden.
Ex-membro da Jihad islâmica egípcia, Al Adel é o chefe da facção militar da Al Qaeda. Depois da invasão americana do Afeganistão em 2001, Al Adel se refugiou no Irã, segundo várias versões. Ele é acusado de ter preparado atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos, Quênia e Tanzânia em 1998. Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de cinco milhões de dólares por sua captura.
(Com agência France-Presse)

Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de cinco milhões de dólares pela captura de Saif Al Adel (FBI/Getty Images)
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