A
possível entrada do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o
Tiririca (PR-SP), na corrida à eleição municipal de São Paulo em outubro
promete acirrar ainda mais a disputa, já que o parlamentar obteve 1,3 milhão de
votos em 2010 e tem uma forte inserção nas camadas populares do eleitorado.
Nesta quinta-feira, o deputado disse estar "empolgado" com a
perspectiva e deixou nas mãos do seu partido a decisão de lançá-lo ao pleito.
De acordo com o professor de Ciências Políticas da Unicamp Valeriano Costa, se
isso acontecer, o maior prejudicado será o PT.
O
PR, questionado sobre a intenção de Tiririca, ressaltou que não vai barrar as
pretensões de nenhum de seus filiados, principalmente em se tratando do
parlamentar. Conforme o cientista político e professor da Universidade de
Brasília (UnB) Ricardo Caldas, o PT terá de fazer "uma oferta muito
atrativa" ao PR para fazer com que Tiririca desista de concorrer.
O PR integra a base aliada do PT em nível nacional, mas isso não
significa que apoiará o partido no 1º turno em São Paulo. Segundo o professor
Ricardo Caldas, o nome de Tiririca é importante para consolidar os Republicanos
no Estado. "O PR deve ser aliado do PT em um eventual 2º turno, mas o
problema é que o Haddad não está bem colocado como os petistas gostariam, e aí
a coisa fica não administrável", explicou ele.
O
cientista político Valeriano Costa entende que o PT fará uma pressão forte para
que Tiririca desista, mesmo sabendo que o deputado "sente que tem espaço
para crescer". "O PT certamente fará uma pressão forte para
afastá-lo, pois o risco de reduzir a votação do Haddad é maior com o Tiririca
na disputa", concluiu.

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